sexta-feira, junho 30, 2006

Relatos de uma mente sub-consciente em estado onírico.


Éramos felizes juntos. Não havia nada que pudesse nos separar.
Nossos gestos carinhosos, cheios de paixão faziam-nos sentir os únicos maiores amantes do planeta. Meu prazer era ficar com ele, ao lado dele, dentro dele... Ouvir seus suspiros, aspiros, respiros... Quanto desejo !
Não havia nada que pudesse nos separar.
Exceto...
Uma grande dor.
Uma imensa dor ultrajante, uma dúvida estúpida, mas, que o consumia. E eu não entendia porquê. Parecia tudo tão certo, tão exato... Qual era o problema então ?
Sua angústia era tanta que o matou.
Numa tarde ensolarada, cheguei feliz em casa, ansiosa para lhe contar o que me acontecera durante o dia e, quando abri a porta do quarto e olhei pra nossa cama ensangüentada estava lá ele agonizando, seus pulsos cortados, seu lindo rosto lívido, seu olhar de tormento e seus lábios trêmulos tentando me dizer algo parecido com "não suportei"...
Eu em absurdo desespero e aos prantos gritei ao céus, ao inferno, ao universo, para que não te levassem de mim, te tentava fazer reviver...
Fui incumbida à uma missão de descobrir aonde estava o que me restava dele: nosso filho.
Alguém que eu não sabia da existência.
De repente a cidade foi ruindo, seus blocos desmoronando, sua paisagem se transformando em uma natureza morta... A cada passo meu, uma destruição completa... A cidade acabou.
A cidade acabou, no entanto, reencontrei quem havia perdido:
Era ele e o nosso filho.
Não havia nada que pudesse nos separar.

2 comentários:

Anônimo disse...

DAN, CE TA GRAVIDA ????

Danuta Pólvora disse...

Não foi uma bad trip...